sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Alface que combate a Diabetes


De acordo com pesquisadores da Universidade Biomédica Central da Florida, cápsulas de insulina produzidas em alface geneticamente modificada podem ser a chave para restaurar a capacidade do organismo de produzir insulina e ajudar milhões de americanos diabéticos insulino-dependentes.




A equipa de pesquisa do professor Henry Daniell modificou geneticamente plantas de tabaco com o gene da insulina e depois administrou células liofilizadas da planta do tabaco (em pó) em ratos diabéticos, com  cinco semanas de idade, durante oito semanas. No final do estudo, os ratos diabéticos apresentavam sangue arterial normal tal como os níveis de açúcar na urina, e suas células produziam níveis normais de insulina.
“Esses resultados e pesquisas anteriores indicam que as cápsulas de insulina podem vir a ser usadas para prevenir a diabetes antes do aparecimento dos sintomas e tratar a doença nos seus estágios mais tarde”, disse Daniell. 

Desde então, ele propôs a utilização de alface em vez do tabaco, para produzir a insulina, porque este cultivo pode ser produzido de forma barata e evita o efeito negativo associado ao tabaco.



Diabetes Insulino-dependente, ou tipo 1, é uma doença auto-imune na qual o organismo ataca o sistema imunológico e destrói a insulina e a produção de células beta do pâncreas. A insulina é uma hormona que é necessária para converter açúcar, amidos e outros alimentos em energia.

A insulina é normalmente administrada através de injecções e não comprimidos para  que a hormona vá directamente para a corrente sanguínea. 

No método de Daniell, as paredes das células, feitas de celulose, inicialmente impedem a degradação da insulina. Quando as células da planta com a insulina alcançam o intestino, as bactérias que vivem lá começam a quebrar lentamente as paredes das células e libertar gradualmente a insulina para a corrente sanguínea.



Produzida na alface, a insulina seria administrada aos pacientes humanos em forma de pó em cápsulas porque a dosagem deve ser cuidadosamente controlada.

Se os testes em humanos forem bem sucedidos, o impacto da investigação de Daniell pode afectar milhões de diabéticos em todo o mundo e reduzir drasticamente os custos de combate a esta doença que pode levar a doenças cardíacas, renais e cegueira.



Se isto tiver sucesso em seres humanos será um grande passo no combate à Diabetes, irá sem duvida melhorar a vida de muitas pessoas, não só na América como em todo o mundo.

Fonte:
http://www.sciencedaily.com/releases/2007/07/070730111638.htm


4 comentários:

  1. Se este facto se confirmar, a população diabética vai poder ter uma vida quase normal, recorrendo a medicamentos via oral e não às injecções...
    Mas o melhor de tudo é que se pode vir a conseguir restaurar a produção normal pelo organismo de insulina através de um tratamento já testado em ratos... Se o mesmo se confirmar em humanos, a vida de muita gente vai mudar e a diabetes passa à história... :)

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  2. Concordo contigo Joana! A vida destas pessoas que são DEPENDENTES das "famosas" injecções de insulina, vai mudar drasticamente, se isto for para avante com os humanos!
    É realmente um avanço muito bom. Só falta é como em tudo, ver se têm efeitos colaterais negativos.

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  3. Há tantas pessoas a sofrerem deste tipo de diabetes, que ao encontrar uma maneira para tratar esta doença auto imune é uma grande evolução, esperemos,mais uma vez, que todo este processo va para a frente e possa ser usado em humanos.

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  4. Existem vás espécies de alface. Qual o melhor indicado?

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